Luvas de Procedimento x Luvas Cirúrgicas: Qual a diferença?

Uma das perguntas mais frequente é qual a diferença entre as Luvas de Procedimento e as Luvas Cirúrgicas. Ambos os produtos são de suma importância na área da saúde, mas servem para atividades completamente diferentes.
Um erro na escolha deste equipamento pode resultar em diversos fatores: desde uma alergia para o usuário até um processo de contaminação no paciente, por exemplo. Por isso, é muito importante saber diferenciá-las no momento da compra. 
No artigo de hoje, mostraremos a você as principais diferenças entre as Luvas de Procedimento e as Luvas Cirúrgicas, além de dicas essenciais de como escolher a melhor para os seus colaboradores.

Boa leitura e se precisar, é só contar conosco! 

AS LUVAS DE SEGURANÇA 

As luvas de segurança são um dos EPIs mais utilizados no mundo inteiro. Isso porque as nossas mãos estão constantemente em contato com alguma coisa que possa oferecer algum tipo de risco para essa parte do corpo. 
Além disso, por serem essenciais para qualquer coisa em nosso cotidiano, é de fundamental importância que sejam preservadas. Por isso, existem diversos modelos de Luvas de Segurança e, entre elas, as Luvas de Procedimento e as Luvas Cirúrgicas. 
Existem luvas capazes de proteger contra diversos tipos de risco encontrados no ambiente de trabalho. Para os Riscos Físicos e Mecânicos, como abrasão, cortes e perfurações, etc, existe a Luva Anticorte, Luva de Malha, Luva de PVC, a Luva de Raspa ou de Vaqueta, entre outras.
Já para os Riscos Químicos e Biológicos, como os causados por fungos, bactérias, parasitas e etc, existem as Luvas Cirúrgicas, as Luvas de Procedimento, que são modelos descartáveis mas também são considerados EPIs. 
Vamos falar mais sobre elas?

LUVAS DE PROCEDIMENTO E LUVAS CIRÚRGICAS

A principal diferença entre as Luvas de Procedimento e as Luvas Cirúrgicas está na sua utilização. O primeiro modelo não é esterilizado e, por isso, só pode ser utilizado em procedimentos simples, não invasivos. Já as Luvas Cirúrgicas são esterilizadas e, dessa forma, podem ser utilizadas em qualquer procedimento cirúrgico. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal recomendação é que todas as luvas utilizadas na área da saúde sejam Descartáveis. O uso único colabora com a prevenção de contaminações no ambiente, paciente ou no próprio usuário do EPI. 
Em um documento com as recomendações sobre o uso de luvas na área da saúde, lançado pela Secretaria de Estado da Saúde, Centro de Vigilância Epidemiológica e Divisão de Infecção Hospitalar em 2016, consta, ainda, as seguintes definições:

“Quanto ao tipo de luva 

1. Luva Cirúrgica (luva estéril): produto feito de borracha natural, de borracha sintética, de misturas de borracha natural e sintética, e de vinil. São EPI de uso único, de formato anatômico, com punhos capazes de assegurar ajuste ao braço do usuário (a), para utilização em cirurgias. 
2. Luva para Procedimentos Não Cirúrgicos (luva não estéril): produto feito de borracha natural, de borracha sintética, de misturas de borracha natural e sintética, e de policloreto de vinila, de uso único, para utilização em procedimentos não cirúrgicos para assistência à saúde.“

Assim sendo, as Luvas podem ser produzidas em 03 materiais diferentes:

- Borracha Natural (Látex Natural);
- Borracha Não-natural (Nitrílica, por exemplo); e
- Vinil (PVC). 

Vamos ver um pouco mais sobre cada um desses materiais a seguir. 

COMO ESCOLHER O MATERIAL DAS LUVAS?

Cada um dos materiais possui suas características próprias, que podem fazer toda a diferença durante o uso. Para identificar qual o mais adequado será necessário avaliar duas coisas: se o usuário possui algum tipo de alergia, e os níveis de elasticidade, conforto, etc. 
Veja a seguir as principais vantagens e desvantagens de cada uma delas. 

1. A Luva de Látex oferece um alto nível de proteção contra fluídos corporais, ao mesmo tempo que são resistentes e possuem boa elasticidade. Geralmente são as luvas mais procuradas pelos profissionais da saúde em função do preço mais acessível. Uma desvantagem deste material é que muitos usuários podem ter ou acabar desenvolvendo uma alergia ou sensibilidade à borracha natural. Dessa forma, o ideal é suspender o uso e optar por materiais sintéticos.  

2. Já as Luvas de Borracha não natural, como a Luva Nitrílica por exemplo, são uma excelente alternativa ao Látex. Não oferecem tanta flexibilidade quanto a luva anterior, mas ainda assim são excelentes para serem utilizadas na área da saúde. A única desvantagem dessa luva em relação à anterior é que ela é menos resistente ao ser colocada em contato com solventes, ésteres e cetonas. No entanto, como na área da saúde quase não se utiliza esses materiais, essa ainda pode ser uma ótima opção. 

3. Por último, temos as Luvas de Vinil (PVC) que oferecem proteção contra uma pequena exposição a fluidos corporais e agentes infecciosos. Segundo a OMS, a recomendação de uso para esse tipo de luva são tarefas de curta duração. A desvantagem está na qualidade do material, que pode variar de acordo com o fabricante. Por isso, conte sempre com um distribuidor de EPIs confiável, que possa orientar você para tomar a melhor decisão. Além disso, as Luvas de Vinil são mais rígidas que as de látex.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É sempre válido ressaltar que tanto as Luvas de Procedimento quanto as Luvas Cirúrgicas, sejam elas nacionais ou importadas, devem respeitar as normas vigentes aqui no Brasil.
Por serem consideradas Equipamentos de Proteção Individual, é fundamental que possuam o Certificado de Aprovação emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Além disso, este deve estar dentro do prazo de validade – que não é o mesmo do EPI, que também deverá ser levado em consideração.
A responsabilidade quanto ao fornecimento do equipamento é do empregador, bem como as recomendações de uso, orientações e treinamentos. Já ao colaborador, cabe utilizar as luvas somente para a finalidade a que se destinam e cumprir com as determinações de uso. 
A utilização correta das luvas na área da saúde é fundamental para evitar contaminações, seja no paciente, seja no trabalhador. Por isso, compartilhe este conteúdo com os seus colegas de profissão! 

Fonte: http://www.prometalepis.com.br





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